Bem-vindos ao blog da Rosi!



Estou dando os primeiros passos em meu blog. Aceito sugestões. Bjs.

Seguidores

domingo, 29 de agosto de 2010

Memórias

A Paula Sinigaglia Angonese, da 7ª série, adora ler. Vejam o exemplo...


Momentos inesquecíveis

Quando eu tinha seis anos, minha mãe fazia um curso nas sextas à noite e sábados. Ficava com meu pai ou com minha babá, mas sentia falta dela.
Em um final de sábado, mamãe chegou em casa com um presente: era um livro de história: “A casa sonolenta”. Como eu não sabia ler, minha mãe me levou à sala e contou a história para mim. Falava sobre uma casa em que todos dormiam, mas uma pulga foi acordando todo mundo.
No começo, quando todos dormiam, o livro era todo cinza, mas, conforme as pessoas iam acordando, tudo ganhava mais vida. No final, todos comemoravam com muita alegria.
Nós nos divertíamos vendo as imagens e tentando procurar a pulga no meio da confusão.
Depois dos cursos, quase sempre minha mãe lia livros para mim, assim passávamos mais tempo juntas e eu sentia menos falta dela, enquanto não estava em casa. Mesmo quando o curso terminou, minha mãe continuou lendo histórias para mim e para minha irmã.
Um tempo depois, comecei ir à escola e aprendi a ler e a escrever. Li o livro “A casa sonolenta” várias vezes, mas não tinha a mesma sensação de quando minha mãe contava, pois aqueles dias tinham sido inesquecíveis.

terça-feira, 24 de agosto de 2010

MEMÓRIAS

A partir de hoje, passo a postar algumas memórias produzidas, a partir do texto "MEU PROFESSOR INESQUECÍVEL" e das sugestões da Olimpídada de Língua Portuguesa/2010, pelos alunos e alunas da 7ª e 8ª séries da Escola Don Matheus Pasquali. Você vai se emocionar!
E lá vai o texto da Michele Cristina Dorneles, da 8ª série...


Lembranças...

Pequeninha, mas com sonhos de uma grande menina que ela, mamãe, me ajudou a sonhar. Contava histórias de fadas e princesas nas quais eu viajava e me encontrava com os personagens principais. Mamãe dizia que era sua princesinha. Os momentos com ela eram curtos, pois ela tinha que ir trabalhar.
Aquela mamadeira bem quentinha, cama bem arrumadinha, que saudades! Mamãe me ajeitava e contava lindas histórias, mas eu quase sempre dormia na melhor parte delas. Mamãe já tinha que ir trabalhar. Ao acordar, procurava mamãe, mas poucas vezes a achava. Vovó dizia que ela já iria voltar, que estava guardando dinheiro para uma boneca me comprar.
Antes de trabalhar, aquele beijo suave e quentinho me dava e logo me dizia sempre a mesma coisa: “Mamãe vai trabalhar, mas já volta”. Logo mamãe me colocou na escolinha. Todos os dias ela me levava lá, onde eu passava a tarde com meus amiguinhos e, logo após, ela saía para trabalhar. Como eu era a menor, a hora do sono eu havia de ter com minha mamadeira e minha cobertinha. De tardezinha, mamãe ia me buscar.
Morava com vovó, mas papai e mamãe resolveram se mudar. Perto da escola vim morar. Para mim, aquela casa era enorme, mas seu pátio era pequeno e não havia com quem brincar, pois não tinha muitos amigos por aí. Mamãe era minha única amiga até que não começasse a frequentar a escola, porque poucos me conheciam.
Sempre ouvia mamãe dizer que eu tinha que estudar, para no futuro um bom emprego conseguir. Não gostava de estudar, preferia brincar, mas nunca deixei de aprender, pois sabia que seria muito importante para mim. Hoje, já adolescente, de manhã comecei a estudar. Sempre, sempre a mesma coisa: ”Vamos, está na hora de acordar”, “Já estudou para a prova?”. Eu sempre fico braba, mas no fundo adoro ser paparicada por ela.
Mamãe adora quando chego em casa toda contente, com a prova na mão,com a nota alta. É a alegria dela. E todas as noites, um beijo antes de dormir ela há de vir me dar.
Mamãe, uma eterna amiga para bons e maus momentos.

terça-feira, 17 de agosto de 2010

Para trabalhar o Modo Subjuntivo

Folhando o livro "Português: a arte da palavra", de Gabriela Rodella, Flávio Nigro e João Campos, encontrei este material. É uma boa opção para se trabalhar os verbos no modo subjuntivo.

– Leia a letra da canção a seguir, de Frejat.
Amor pra recomeçar
Eu te desejo não parar tão cedo
Pois toda idade tem prazer e medo
E com os que erram feio e bastante
Que você consiga ser tolerante
Quando você ficar triste que seja por um dia
E não o ano inteiro
E que você descubra que rir é bom
Mas que rir de tudo é desespero
Desejo que você tenha a quem amar
E quando estiver bem cansado
Ainda exista amor pra recomeçar
Pra recomeçar
Eu te desejo muitos amigos
Mas que em um você possa confiar
E que tenha até inimigos pra você não deixar de duvidar
(...)
Eu desejo que você ganhe dinheiro pois é preciso viver também
E que você diga a ele pelo menos uma vez quem é mesmo o dono de quem

a) Copie os verbos que estão no modo subjuntivo e identifique seu tempo verbal.
b) Justifique, a partir do sentido da canção, o uso desses tempos verbais e do modo subjuntivo.
c) Tomando a canção como exemplo, escreva um pequeno texto em que você fale para seu melhor amigo o que você deseja para ele.
d) Nessa canção, o autor misturou duas pessoas do discurso: a segunda do singular (tu) e a terceira do singular (pronome de tratamento você). Em algumas regiões do Brasil, usa-se com frequência a segunda pessoa do singular, sem misturá-lo com o pronome “você”. Nesse caso, como ficaria a letra da canção? Substitua os pronomes e faça a concordância verbal.

sexta-feira, 13 de agosto de 2010

Para refletirmos...

Ler e escrever...


Ler e escrever são palavras familiares ao nosso cotidiano de sala de aula, são palavras essenciais, significativas no contexto escolar e, por isso, são também duas palavras que nos desafiam muito enquanto educadores, uma vez que não é tarefa fácil determinar com precisão “como e quando” os alunos as aprendem.
Sabemos que um dos grandes desafios enfrentados pela escola quanto ao ler e ao escrever é o de que todos os seus alunos cheguem a ser leitores e escritores, conseguindo estabelecer relações entre textos, entre autores e principalmente entre o texto e o contexto. Então surge a pergunta: como realizar essa tarefa?
Sem dúvida, a primeira atitude é tornar o ato de ler e escrever uma maneira de os alunos expressarem suas ideias e emoções, ou seja, tornar a leitura e a produção de texto significativas. E isso só ocorre se a escola oferecer oportunidades envolventes, capazes de despertar o interesse dos aprendizes pela leitura e pela escrita. Vejamos uma situação. Qual é o aluno que realiza com maior envolvimento uma produção textual, seja em qual for a disciplina? Aquele que a escreve com o objetivo de entregá-la ao professor para que este assinale os erros ortográficos ou o aluno que a escreve para em seguida ler e discutir as ideias com seus colegas, publicar no jornal da escola, participar de um concurso de textos, fazer uma exposição na escola ou em outros ambientes?
Aos que não sabem a resposta, sugiro fazer um teste, colocando em prática as duas propostas com a mesma turma de alunos. Não há dúvidas de que a segunda, se realizada com seriedade para que não se transforme em disputa, trará resultados muito superiores a primeira, uma vez que os alunos estarão em busca do conhecimento, extrapolando o ambiente da escola. E só dessa forma aparecerá o interesse: elemento fundamental no aprendizado da leitura e da escrita.
Embora ensinar a ler e a escrever seja uma tarefa complexa, é possível e necessário que a escola a torne real, mas é preciso que seja realizada de maneira dinâmica e prazerosa desde os primeiros anos de vida da criança, seja em casa ou na escola, seja na Educação Infantil, no Ensino Fundamental ou no Ensino Médio. Caso contrário, as pessoas estarão cada vez mais sujeitas a não participarem desse fantástico mundo do ler e do escrever.





Rosilei Maria Nardi Teixeira
Professora de Língua Portuguesa e Literatura

quinta-feira, 5 de agosto de 2010

Nesta semana tão especial, vale a pena refletir sobre este texto da pedagoga Suzy Costa.

Ser Pai é ser “presente”
A sociedade atual tem passado por grandes transformações em todos os campos trazendo mudanças ao comportamento das pessoas sem que estas estivessem preparadas para tal. Tais mudanças afetaram consequentemente também a forma de se educar os filhos. A função de educara os filhos durante muito tempo foi delegada às mulheres. Com a mulher no mercado de trabalho, como ficam as questões e as responsabilidades da criação dos filhos?
Mesmo com tantas transformações, a criação de filhos continua sendo uma tarefa atribuída culturalmente às mulheres, excluindo o pai, mesmo quando são apontadas vantagens para as crianças e para os homens nesta participação mais intensa na criação de filhos. Esta exclusão gera conflitos, dificultando uma maior participação de muitos pais nas vidas de seus filhos. É bem verdade também que muitos pais estão procurando os eu lugar nesta nova forma de educar e hoje em dia é mais comum vermos pais e filhos brincando, passeando e se divertindo juntos. Mas seria mesmo a presença do pai tão importante para o bom desenvolvimento de uma criança?
Uma série de estudos nos revela que se o papel da mãe é o de acolher o filho investindo muito afeto nesta relação e mostrando que ele tem um lugar em seu desejo, cabe ao pai servir como ponte para apresentação e aceitação da realidade à criança. Para Marta Dalla Torre e Valéria Codato Antonio Silva, por mais que a relação de total dependência do filho com a sua mãe seja uma necessidade vital nos primeiros dias de sua vida, é necessário também que a criança possa buscar a sua própria identidade e isto só é possível quando a mãe volta o seu interesse para além de seu bebê. Isso acontece quando a mãe volta a exercer a sua função de mulher, inserindo um terceiro elemento na relação dual entre mãe e filho – o pai. Por isso é imprescindível que a mãe e o pai abdiquem de seu lugar de mulher e homem, pois só assim a transmissão da lei será possível ao filho. É o pai, apresentado simbolicamente pela mãe que assim o faz ao incluí-lo no relacionamento com o filho, que possibilita à criança a ingressar no mundo da linguagem, do simbólico e da cultura.
Sendo assim, a figura do pai ou de uma figura paterna é muito importante para o bom desenvolvimento da criança. Tanto é que na ausência do pai biológico cabe á mãe administrar a ausência do pai, de forma a não prejudicar sua imagem, tão importante para a formação do caráter da criança. Faz-se isso tomando duas importantes atitudes. Primeiro, evitando transferir aos filhos problemas que são dos pais, evitando brigas na frente da criança, evitando ficar falando mal do companheiro para a criança e evitando usar a criança para se vingar do companheiro. Segundo, conforme Denise Mendonça de Melo, Proporcionando à criança a presença de uma figura masculina: um avô, um tio ou mesmo um amigo confiável, mesmo que o contato seja esporádico. O importante é que haja envolvimento afetivo, atenção, carinho e amor.
É importante ter claro também que todos – homens e mulheres – precisamos de modelos masculinos para crescer emocionalmente equilibrados e que as ligações de emoção e afeto entre pai e filho(a) não são resultados das ligações biológicas e sim que são formadas nas relações de afeto e cuidado no dia-a-dia. Por isso, sempre que possível, o pai deve estar presente na vida de seus filhos, acompanhando a gestação, participando de atividades cotidianas logo após o nascimento do bebê, fortalecendo assim uma ligação que quer queiramos ou não é para sempre.
Se quisermos dar um sentido e resgatar a importância da figura paterna, precisamos dar uma nova visibilidade à importância e ao significado da família. Precisamos repensar como vão os relacionamentos, o diálogo, o investimento de tempo, o carinho, enfim os laços de afeto. Afinal, como nos diz o professor Carlos Ronei de Almeida, presidente da Escola de Pais de Santo Ângelo – RS, “a tarefa, difícil sim, mas maravilhosa, de educar é de inteira responsabilidade de pai e mãe, em igualdade de condições e em comum acordo, pois só eles têm condições de dar amor, impor limites, estabelecer planos e metas do que pretendem para que os filhos alcancem o que todo ser humano, em seu íntimo, mais deseja, mesmo sem saber, que é ser feliz”.
E para o papai vale lembrar ainda o que Roberto Shinyashiki, renomado psiquiatra e autor de dez livros diz. Para ele, as maiores fraquezas dos homens em seus relacionamentos se manifestam na omissão e na ausência. O homem que procura evoluir enquanto pessoa procura aprender a ver a beleza do cotidiano e da intimidade, bem como a grandeza das pequenas coisas, renovando os seus relacionamentos com as pessoas que ama. A ausência do pai gera nos filhos um sentimento de medo de se envolver em relacionamentos saudáveis. É fato que muitas pessoas não evoluem no amor porque se ressentem da falta do amor paterno. Para ser mais feliz, é necessário que o homem-pai perceba que também tem direito à sensibilidade e ao afeto, a medos e a alegrias. E quando ele aprender a valorizar isso na sua própria vida, conseguirá valorizar isso na vida das pessoas que ama, inclusive na dos filhos sendo não só presença, mas um presente de afeto.

Fique por dentro! Quando o pai não é presente:
☻Meninas têm 2,5 vezes mais propensão a engravidarem na adolescência e 53% mais chances de cometerem suicídio.
☻Meninos têm 63% mais chances de fugirem de casa e 37% mais chances de utilizarem drogas.
☻Meninos e meninas têm duas vezes mais chances de acabarem na cadeia e aproximadamente quatro vezes mais chances de necessitarem de cuidados profissionais para problemas emocionai ou de comportamento. Fonte Departamento de Serviços Humanos e Social dos EUA

A autora do texto é Suzy Costa, pedagoga, especialista em interdisciplinaridade na educação básica. Professora universitária, participa do projeto Encantando a Infância da OMEP/BR/MT/CBA – Organização Mundial para a Educação Pré-Escolar – em parceria com o UNICEF e o Fundo do Canadá.