Bem-vindos ao blog da Rosi!



Estou dando os primeiros passos em meu blog. Aceito sugestões. Bjs.

Seguidores

quinta-feira, 20 de janeiro de 2011

Férias!!!

Penso que o texto de Içami Tiba é bem oportuno para o período. Afinal, como estamos curtindo nossas férias?


Férias para quê?



Apesar de todos os que pelo trabalho produzem algo que possa gerar dinheiro quererem usufruir das suas férias, nem todos conseguem “tirar suas férias” adequadamente. Para quem tem serviço próprio, as férias tomam espaços aleatórios e não raros são ocupados pelo próprio serviço. Os assalariados recebem férias obrigatórias. Os feriantes podem fazer o que quiserem com suas férias, inclusive vender este tempo ao seu próprio patrão e continuar o serviço que estava fazendo... Férias tem o sentido de descanso pelo que foi feito e preparo para o que precisa ainda ser feito.



Das 8.760 horas anuais existentes, descontando 2.680 horas que dorme, 1.920 que trabalha regularmente 8 horas por dia e 720 horas de férias, ficarão 3.440 horas, incluindo feriados e finais de semana, que serão consumidas pelo custo e estilo, voluntário ou imperioso, de vida em: filas; trânsitos; afazeres pessoais; comer e cuidar-se; dormir; amar; compromissos outros de complementação de renda; obrigações sociais e familiares; lazer e diversão; esportes e cuidados com a saúde; investimentos profissionais etc. A qualidade de vida não se mede somente pelas férias, mas pelas 3.440 horas durante os 11 meses de trabalho.



Você nunca fez esta conta? Para 720 horas de férias anuais, desperdiçamos 3.440 horas por ano em estilo de vida que levamos. Cada um sabe onde, quanto e como consome estas horas feriadas. Se não souber, é bom que saiba para ser dono, e não escravo, do seu tempo.



Profissões há como a dos professores, que além das horas trabalhadas nas aulas, consomem horas feriadas para o trabalho extra-aulas. Todas as profissões alheias parecem o gramado do vizinho que é sempre mais verde que o nosso. Cada um sabe dos próprios sacrifícios, mas desconhece os dos vizinhos.



Não é para classificar qual é a melhor profissão, mas a dos professores em salas de aulas não é das mais fáceis. Já ouvimos muitos arautos do futuro dizendo que a salvação do Brasil está nas mãos dos educadores. É preciso muita sabedoria para poder usufruir das merecidas férias e não simplesmente consumi-las.



Férias escolares quem tem são os alunos porque professores entram em recesso, que não é férias, pela obrigação que têm de estarem à disposição da Instituição do Ensino para atividades que envolvam reuniões e workshops pedagógicos, avaliações, planejamentos e preparações para o semestre seguinte. Os professores têm direito às férias como outros profissionais, marcadas de acordo com as diretrizes da Instituição. É preciso muita sabedoria para saber usufruir e não se deixar levar pelo ritmo dos outros não feriantes.



Dentro do possível, professores poderiam desfrutar da falta de compromisso e horários para alimentar o corpo e a alma com o que realmente lhes seja prazeroso: cuidar-se; leitura, música, teatros, filmes, televisão, Internet, jogos que ficaram para trás; dar-se um SPA; viajar com amigas; folgar como jovem em casa; atividades manuais sem correria nem obrigatoriedade etc.



Professores sufocados podem ser levados pelo próprio costume a se sufocarem para manterem as folgas alheias – familiares, amigos, parentes – e transformarem suas férias em pesadelos que geram necessidades de voltar urgentemente ao trabalho, doce trabalho!





Içami Tiba

Içami Tiba é psiquiatra e educador. Escreveu "Família de Alta Performance", "Quem Ama, Educa!" e mais 26 livros.

terça-feira, 7 de dezembro de 2010

Então é Natal...


Este texto de Clarice Lispector foi escrito em 1982, mas mais do que nunca tem muito a nos dizer...


Compras de Natal

A cidade deseja ser diferente, escapar às suas fatalidades. Enche-se de brilhos e cores; sinos que não tocam, balões que não sobem, anjos e santos que não se movem, estrelas que jamais estiveram no céu.

As lojas querem ser diferentes, fugir à realidade do ano inteiro; enfeitam-se com fitas e flores, neve de algodão de vidro, fios de ouro e prata, cetins, luzes, todas as coisas que possam representar beleza e excelência.

Tudo isso para celebrar um Meninozinho envolto em pobres panos, deitado numas palhas, há cerca de dois mil anos, num abrigo de animais, em Belém.

Todos vamos comprar presentes para os amigos e parentes, grandes e pequenos, e gastaremos, nessa dedicação sublime, até o último centavo, o que hoje em dia quer dizer a última nota de cem cruzeiros, pois, na loucura do regozijo unânime, nem um prendedor de roupa na corda pode custar menos do que isso.

Grandes e pequenos, parentes, amigos são todos de gosto bizarro e extremamente suscetíveis. Também eles conhecem todas as lojas e seus preços – e, nestes dias, a arte de comprar se reveste de exigências particularmente difíceis. Não poderemos adquirir a primeira coisa que se ofereça à nossa vista: seria uma vulgaridade. Teremos de descobrir o imprevisto, o incognoscível, o transcendente. Não devemos também oferecer nada de essencialmente necessário ou útil, pois a graça desses presentes parece consistir na sua desnecessidade e inutilidade. Ninguém oferecerá, por exemplo, um quilo (ou mesmo um saco) de arroz ou feijão, para a insidiosa fome que se alastra por estes nossos campos de batalha; ninguém ousará comprar uma boa caixa de sabonetes desodorantes para o suor da testa com que – especialmente neste verão – teremos de conquistar o pão de cada dia. Não: presente é presente, isto é, um objeto extremamente raro e caro, que não sirva a bem dizer para coisa alguma.

Por isso é que os lojistas, num louvável esforço de imaginação, organizam suas sugestões para os compradores, valendo-se de recursos que são a própria imagem da ilusão. Numa caixa de plástico transparente (que não serve para nada), repleta de fitas de papel celofane (que para nada servem), coloca-se um sabonete em forma de flor (que nem se possa guardar como flor nem usar como sabonete) e cobra-se pelo adorável conjunto o preço de uma cesta de rosas. Todos ficam extremamente felizes!

São as cestinhas forradas de seda, as caixas transparentes, os estojos, os papéis de embrulho com desenhos inesperados, os barbantes, atilhos, fitas, o que na verdade oferecemos aos parentes e amigos. Pagamos por essa graça delicada da ilusão. E logo tudo se esvai, por entre sorrisos e alegrias. Durável – apenas o Meninozinho nas suas palhas, a olhar este mundo.


Clarice Lispector

quinta-feira, 25 de novembro de 2010

Hoje é dia de agradecer...

Obrigado, Senhor, por mais um dia vivido!



Obrigado pelas alegrias que me levantaram

e pelas dores que me fortaleceram.



Obrigado, Senhor, por mais um dia vivido.



Obrigado pelos sucessos que me

fizeram sentir-me grande

e pelos fracassos que me deram

a oportunidade de perseverar.



Obrigado, Senhor, por mais um dia vivido



Obrigado pelos cuidados que me confortaram

e pelas mágoas que me exercitaram para perdoar.



Obrigado, Senhor, por mais um dia vivido.



Obrigado pelas horas de bem estar

que me mantiveram ativo

e por outras que me revelaram o valor da saúde.



Obrigado, Senhor, por mais um dia vivido



Obrigado pelos auxílios que me foram prestados

e pelos abandonos que fizeram crescer

meu apoio em mim mesmo.



Obrigado, Senhor, por mais um dia vivido.



Obrigado pelas compreensões que encontrei

e pelas incompreensões que algumas vezes

refletiram a minha própria imagem.



Obrigado, Senhor, por mais um dia vivido



Obrigado pelos ganhos que fizeram

de mim um ser mais confiante

e pelas perdas que me demonstraram

ser possível continuar.



Obrigado, Senhor, por mais um dia vivido.



Obrigado pelos momentos altos que

me exibiram Tuas bênçãos

e pelos momentos baixos que

me abriram para Tua proteção.



Obrigado, Senhor, por jamais teres me esquecido.

Obrigado, Senhor, por mais um dia vivido!


(Silvia Schmidt)




Fonte: magiadasmensagens.com.br


quinta-feira, 18 de novembro de 2010

A arte de escrever mal

Leia o texto que segue e pense sobre o assunto. Você tem o hábito de escrever?


A arte de escrever mal

Há quanto tempo você escreve? Um ano? Cinco anos? Um mês? Você escreve poemas, contos, ensaios ou romances? A essa altura com certeza a resposta já está na sua cabeça. Mas me diga mais uma coisa, meu querido escritor, você estudou pra isso? Você fez algum curso relacionado a Letras? Qual o conhecimento literário que você tem para escrever sobre qualquer coisa? Os seus olhos já passaram por leituras mais apuradas? Como James Joyce, tragédias gregas, Machado ou você, que é um leitor anual, que tira todo o seu conhecimento da TV e que não leu nada além de Paulo Coelho acha que pode escrever um poema ou um romance só porque está inspirado, só porque o dia está mais lindo hoje?
Se você não tem o conhecimento nem “a qualificação” necessária, esqueça, você não é nada e o que você escreve também não é nada, é só lixo sentimentalóide feito com despreparo por um despreparado. A inspiração que você acha que tem para escrever não existe, ela é apenas mais um sinônimo para sua ignorância.
A carapuça lhe serviu? Ótimo! Mas antes de começar a me xingar ou botar minha cabeça a prêmio, quero dizer mais uma coisa: graças a Deus, esse discurso não é meu. Essas foram as palavras de um professor de Literatura que atravessou, certa vez, minha formação acadêmica. Digo mais ainda: com essas palavras ele causou intimidação e fez muita gente pensar duas vezes antes de usar a pena. Um grande amigo meu deixou de escrever seus poemas depois daquele professor, e esse grande amigo, agora, não tem mais o mesmo brilho de antes.
Concordo que um leitor assíduo de boas obras, um detentor de ótimos conhecimentos está bem mais qualificado a escrever um bom texto do que uma pessoa alheia à Literatura e que só escreve ocasionalmente. Mas não sejamos tão radicais. Se para escrever, tivermos antes de ser fenomenais e extraordinários conhecedores da Literatura mundial, escreveremos nosso primeiro bom texto apenas com 50 ou 60 anos. É muito tempo.


Humberto Eustáquio Rodrigues Filho   

Eu mesmo...

Estou publicando o texto do Jeferson Picetti, aluno da 7ª série. Leia com atenção.



Eu mesmo...


Eu não sei quem eu sou.

Nunca desvendei os mistérios de minha vida.

Não sei por que existo,

quais são os propósitos de minha alma.

Mas sei que algum propósito deve existir.

Algum caminho para seguir.



Eu sei que sou meu dono.

Que posso ser quem eu quiser,

pois sei que não vou me abandonar,

nem mesmo quando minha hora chegar.

Eu vou perseguir

até conseguir me achar.



De vez em quando sou muito chato,

por falta de felicidade,

de algumas amizades.

Sei que vou mudar, sem estar mais tão só,

junto com minha maior amizade.

segunda-feira, 1 de novembro de 2010

Ainda sobre Celso Sisto...

Estou devendo esta postagem para meus alunos da 6ª série. Afinal, eles se empenharam tanto...

Depoimentos

"Gostei do Celso Sisto porque ele é uma pessoa que brinca, conversa, é muito divertido. Adorei sua visita. Espero receber mais autores assim como ele em nossa escola."
                                                                                                                     Alex Tedesco

"Desde que o Celso Sisto entrou na sala, já percebi que é um homem que veio ao mundo para deixar sua marca. Brincalhão,inventor e engraçado, também poderia se tornar um humorista. Com talento de sobra, não é a toa que seus livros são muito bons, quero dizer, excelentes."
Mateus Sbicoski 

"Os livros de Celso Sisto de que mais gostei são: "O vestido" e "O casamento da princesa". Infelizmente, não estava em aula no dia em que ele veio à escola, mas meus colegas me falaram que foi muito legal. Ele tem fome de palavras e livros."
 Gislaine Cherubin

"Essa semana tivemos a visita do Celso Sisto na nossa escola. Foi um encontro muito bom, ele até contou uma história, falou bem dos trabalhos que fizemos a partir dos livros dele, falou de histórias que ele escreveu e respondeu perguntas."
Mártin Lorini

"O Celso Sisto é um homem legal, engraçado e brincalhão. Ele veio à nossa escola, fez brincadeiras, contou histórias bem legais e nos divertiu muito, mas muito mesmo com seu humor. Ele tem um carisma que não acaba mais."
Elyjones Bortoli

"Celso Sisto nos contou que seu apelido é 'Celso Susto'. Adorei sua visita na nossa escola, principalmente a história da Maria Angula, que ele nos contou. Ele fez muitas caras e bocas, vozes diferentes e seu sotaque carioca deu um toque interessante. Sua maneira de agir é encantadora."
Sasha Didoné

Agora, umas fotos da turminha!!!